«Tão fielmente pode o Amor
Alma, em Mim, te retratar
Que nenhum sábio pintor
Soubera com tal primor
Tua imagem figurar.
Foste, por amor, criada
Formosa, bela e assim
Dentro do Meu ser, pintada.
Se te perderes minha amada,
Alma, procura-te em Mim.
Formosa, bela e assim
Dentro do Meu ser, pintada.
Se te perderes minha amada,
Alma, procura-te em Mim.
Porque eu sei que te acharás
Em meu peito retratada,
Tão ao vivo figurada
Que ao ver-te folgarás
Por te veres tão bem pintada.
Em meu peito retratada,
Tão ao vivo figurada
Que ao ver-te folgarás
Por te veres tão bem pintada.
E se acaso não souberes
em que lugar Me perdi,
Não andes daqui para ali
Porque se encontrar me quiseres
A Mim, me acharás em ti!
em que lugar Me perdi,
Não andes daqui para ali
Porque se encontrar me quiseres
A Mim, me acharás em ti!
Em ti, que és meu aposento
És minha casa e morada.
Aí busco, cada momento,
Em que do teu pensamento
Encontro a porta fechada.
És minha casa e morada.
Aí busco, cada momento,
Em que do teu pensamento
Encontro a porta fechada.
Só em ti há que buscar-Me,
Que de ti nunca fugi;
Nada mais do que chamar-me
E logo irei sem tardar-Me,
E a Mim, me acharás, em ti!»
Que de ti nunca fugi;
Nada mais do que chamar-me
E logo irei sem tardar-Me,
E a Mim, me acharás, em ti!»
Santa Teresa de Jesus, Poesia 8
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